Alunos do interior de SP fazem projeto para criar um 'predador natural de pragas'





Ação é realizada no curso de agronegócio da Fatec Itapetininga (SP).
'Controle biológico traz benefícios a produtor e consumidor', diz estudante.


Estudantes da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec) em Itapetininga (SP) desenvolvem um projeto para a criação de um "predador" natural de pragas em alimentos. O método, testado no curso de agronegócio, substitui a forma tradicional de combate com uso de pesticidas que podem ser prejudiciais à saúde. "O controle biológico é eficiente porque ele traz beneficios ao produtor, que vende um material diferenciado, e ao consumidor também, pois se alimentará de um produto com menos resíduos agrotóxicos" aponta a aluna Caroline Domingues de Moura.

O professor responsável pela ação, Paulo Mendes, conta que os estudantes cultivam frutas e deixam que larvas e moscas nasçam nelas. Os insetos são coletados com armadilhas e, em seguida, passam por testes em laboratórios. Com base neste levantamento, os técnicos criam o defensivo para combater as pestes. "Neste projeto, trabalhamos com moscas de frutas. Hoje, perante as técnicas de controle biológico, é possível criar os inimigos naturais em laboratório e depois liberá-los em uma área maior", explica.
De acordo com o Ministério de Agricultura, o Brasil é o país que mais consome agrotóxico no planeta, com quase 1,5 bilhão de quilos por ano. O número representa um consumo de sete quilos de pesticida por brasileiro. Ainda conforme dados do òrgão, como reflexo desta realidade, entre Janeiro de 2014 e Janeiro deste ano, a quantidade de agricultores que passaram a produzir alimentos orgânicos aumentou de 6,7 mil para 10,1 mil (crescimento de 51,7%).

Para a nutricionista Donata Bimbatti a adesão de produtos orgânicos no mercado é um bom sinal. Segundo ela, a população necessita criar o hábito de consumir mais alimentos naturais. “O consumo de alimentos orgânicos é benéfico, porque nós garantimos quase 100% das propriedades nutricionais com eles. Vale a pena pagar mais caro no vegetal, pelo menos garantimos mais qualidade e sabor na alimentação”, ressalta. Postagem mais recente Postagem mais antiga

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